quinta-feira, abril 30

traque list

"surge então uma nova banda afro-lusitana no panorama musical alternativo português. Procuram fazer covers de opeth, ao ritmo quente, dengoso e muitas vezes furioso de ritmo e tesão, de funanás, kudurus, mornas e frias. O nome deste agregado de pessoas com um gostinho musical é ÓPRETA! e o último álbum dá pelo nome de MEMÓRIAS ECTOPLÁSMICAS, ficando aqui a track list:
1- aparição da perdição.
2- a baía dos porcos (américa).
3- em baixo do fiozinho (muitos pêlos).
4- tontice.
5- ai memória: a mata dos harlequins.
6- horas de riqueza (subsídio).
7- a grande praga.
8- choldra: anos de prisa."

might as well face your addicted to love!

acho que os taxistas acham que são os repositores da perdida ordem automobilística, dos antigos valores de tráfego automóvel. Para estes biónicos homensviatura, tu e eu somos os móveis desarrumados do mobiliário urbano. Tem cuidado ou levas com a marreta saloio! 

sábado, abril 25

Associação Livre IV

A primeira coisa que me vem à cabeça quando penso em Xoxota. Desde então...

Associação Livre II

A primeira coisa que me vem à cabeça quando penso em squirter. Isto e medo.

Associação Livre

A primeira coisa que me vem à cabeça, quando penso em squirt. Não é por acaso.

big brother II

F.H. - Olha aqueles boxers ali... os golfinhos estão mesmo fofinhos.
P. - Fodasse, detesto boxers com bonecos que pretendem ser engraçados e o caralho...
F.H. - Pronto, já começas... Não percebes. É suposto ser engraçado e transmitir sentido de humor.
P. - Éh! Sentido de humor a piça. Quem é o gajo que quando tira as calças quer que a gaja comece a rir.
F.H. - (Responde com um esgar)
P. - Escusas de me olhar assim. É verdade. Ainda por cima eu tenho a convicção que por exemplo a Throttleman poderia aproveitar o seu nome como mensagem a ser transmitida. "Eu sou o gajo que controla a velocidade deste barco... só tens que seguir o meu ritmo". Mas não. Bora lá colocar seres marinhos, muito arredondados para as meninas acharem que o gajo até tem piada. Ainda por cima, uma gaja que se interessa por um gajo pelo seu sentido de humor, a partir do 2º mês está condenado a que a sua pila mais tarde ou mais cedo tenha um uso muito semelhante a uma âncora. Vai abanando de um lado para o outro, raramente se levanta e ainda por cima não o deixa ir a lado nenhum por que nunca se sabe quando pode ter um novo destino. Um garanhão não usa boxers com bonecos de certeza. E fica ofendido se uma gaja os oferece.
F.H. - Oh... vais-me dizer que não tens nenhuns boxers com bonecos. São todos lisos ou aos quadradinhos.
P. - Nop. Não tenho. Desde sempre que quem compra os meus boxers é a minha avó. Mas numa cadeia intrincada de eventos. Primeiro, ou eles deixaram de me servir ou por qualquer razão desaparecem ou ficam danificados. A minha mãe, que sem pensar muito ou fazer cálculos, é muito sensível à minha proporção de cuecas/meias, denota logo tal facto. Assim, que tem a oportunidade de falar com a minha avó transmite-lhe tal informação e passado poucos dias são me entregues uns boxers novinhos do Channo. Eu só tenho boxers do Channo. Ela deve ir comprá-los à baixa, a uma daquelas casas de roupas várias e que são denominadas com o primeiro e último nome de um qualquer gajo. 
F.H. - Hahahahaha... Esses boxers são dos chineses pá. Eu também tenho uns para dormir.
P. - Queres que te vire as costas não! Tens o descaramento de me dizer que usas boxers channo para dormir. Sabes que quando chegar a casa vou ter de os queimar. A sério, não tolero esses empréstimos de roupa interior. A partir do momento em que sucumbes ao "Empresta-me uns boxers teus para me sentir mais à vontade" perdes imediatamente metade da vontade que poderás ter em seduzi-la. Quem quer abrir uma surpresa com o seu próprio embrulho. Isso é triste.
F.H. - Cala-te. E que eu saiba muitos boxers do channo têm bonecos. Vais dizer-me que a tua avó nunca comprou uns.
P. - Nop. O máximo que eu tenho é com algum dizer. E aliás esses boxers são os meus preferidos. Tenho um que repete ao longo de todo o tecido "I am Jackie Chan". É lindo. Porque por exemplo esses boxers permitem-me fazer humor e manter aquele tom de "vira pra cá esse rabo que vais ver como elas doem". Eu começo por apresentar-lhes o Chan. "O Chan é oriental e como a maioria dos orientais é muito pacífico, todo zen e gosta de estar no seu quentinho. O Jackie não. O Jackie é citadino, ocidental. Vive para ser agressivo, intrometer-se com estranhos e tem uma postura claramente arrogante e de confrontação. Digamos que o Jackie e o Chan são no fundo um "membro" com dupla-personalidade e podem ser colocados na dimensão extroversão-introversão dos Big-Five, respectivamente. E acredita, assim que vejo um pedaço da tua pele o que eu mais quero é festa...". Vês funny and provocative. Agora essas merdas de boxers com bonecos. "Ah olha, olha o golfinho engordou de um momento para o outro. Deve querer que lhe faças uma festa." Fodasse. E as gajas é a mesma coisa. Pá, têm de perceber que roupa interior com um boneco fofinho como prenda para uma noite romântica é estarem a gozar com a cara de um gajo. Quem é que levanta o pau com o snoopy. Só um adolescente imberbe. Um gajo com experiência já precisa de algum trabalho para  ficar duro, agora imagina a olhar para o snoopy.
F.H. - Fodasse. Deves ser amargurado tu.
P. - O caralho! A sério era matá-los a todos! Tudo o que usava roupa interior com bonecos em frente de um pelotão de fuzilamento.
F.H. - Fascista...

sexta-feira, abril 24

big brother

- vamos escrever um diálogo
- um diálogo?
- sim, vá começa..diz a primeira frase
...
- mas eu nao tenho nada para te dizer
- foda-se vamos fazer um diálogo entre pedopsicótico e fitter happier
- mas isso não se faz
- ya mas é a cena da inovação..exactamente por não se fazer é que a gente deve fazer
- yaaaa assim eles não estão à espera
- e podemos repeti-lo
- isso é estupido
- pronto mas é isto o diálogo, é isto que vamos escrever. as coisas que estivemos a dizer até agora: 
pedopsicotico - vamos escrever um diálogo
fitter happier - um diálogo?
pedopsicótico - sim, vá começa...diz a primeira frase
fitter happier - mas eu não tenho nada para te dizer
pedopsicotico -foda-se vamos fazer um diálogo entre pedopsicotico e fitter happier
fitter happier - mas isso não se faz
pedopsicotico - ya mas é a cena da inovação..exactamente por não se fazer é que a gente deve fazer
fitter happier - yaa eles não estão à espera
pedopsicótico - e podemos repeti-lo
fitter happier - isso é estupido
pedopsicotico - pronto mas é isto o diálogo. é isto que vamos escrever. as coisas que estivémos a dizer até agora
fitter happier - isto não dá para fazer copy-paste?... então, control-c, control-v...
pedopsicotico - não dá..vá escreve
fitter happier - esquece, não tenho paciência...fica prá próxima
pedopsicótico - foda-se és sempre a mesma coisa..quanto menos fazes menos queres fazer
fitter happier - pronto..ja começou...não deves ter andado aí na engorda que nem um perú pró natal
pedopsicotico - sabes bem que se eu quiser emagreço 4kg num mês
fitter happier - ya...quando andas à procura de brazucas...não me esqueço daquele papelinho com o numero de telemovel pronto para dares a quem te cruzasse no caminho
pedopsicótico - foda-se! ao menos ainda tenho com quem interagir. não passo o dia encarcerado em casa sozinho
fitter happier - vai pró caralho! sabes bem que a culpa não é minha...olha vou pra casa. tu não me conheces!!!
pedopsicótico - queres boleia até alcântra?

"Então, e agora o que é que andas a fazer?"

feat. Fitter Happier
Epá, nada de novo... 
Mas no outro dia fiz uma feijoada vegetariana com chouriços vários da matança de um porco criado de propósito para esse fim... 
Ui!

Soundcheck (preview)

Voz!
Voz!
um, dois três... teste...voz!
Esta merda ouve-se?
um, dois...
três?
Pá quando digo três oiço feedback...

quinta-feira, abril 23

Porno Tuga Geodésico

Movido por curiosidade cinéfila e pela erecção que há um par de horas me fez sacar porno e evocar esmegma, estive a ver pornografia portuguesa (Incesto à Portuguesa) e dou-me conta que aquela película é um grande exemplo do neo-realismo português, provavelmente o maior de todos. É algo extraordinariamente verosímil até chegar à parte do sexo onde não há verosimilhança que o valha seja ele de que tipo for. Parece-me que o que me rodeia, as pessoas, as coisas, os bichos e até coisas inexistentes como a bolsa de valores e pessoas inteligentes nos cursos de letras, são como um filme pornográfico onde abunda a superficialidade, diálogos pouco trabalhados e preambulares, gente a querer parecer um objecto sexual; se juntarmos sexo a uma viagem pela rua augusta, a um diálogo com os nossos colegas de trabalho ou até mesmo, com desconhecidos nos transportes públicos, dá um filme pornográfico português.

quarta-feira, abril 22

Escola do 1º Ciclo nas Galinheiras

Viagem no tempo ou apenas o resultado da exclusão? Não sei e estou-me a cagar. Só sei que nesta escola, os miúdos ainda têm chumbos nos dentes recentes, provavelmente feitos por um tio ou primo ferro-velho, que se dá a ares de dentista do acampamento (ou do quarteirão). A negligência é tanta nesta escola que há um cabrão de um alarme de incêndio que da um toque de seis em seis segundos, porque existe um detector que não está ligado. Ao fim de dois dias, já consegui ler um capítulo de um livro de Gestão de Recursos Humanos, o que pode ser positivo ou não, dependendo de uma perspectiva evolucionista ou clínica. Só sei que espero sair daqui o mais rápido possível, que hoje, quando ia almoçar na tasca onde pago €2,5 por um prato cheio de comida, vi umas movimentações gitanas à minha passagem que me fizeram lembrar os tempos em que eu ia o mais rápido possível da escola para casa quando passava na zona de barracas circundante à anterior. No entanto, fiquei surpreendido por descobrir que os ciganos até aos seus 9/10 anos são miúdos impecáveis. Será (e agora vem uma pergunta à “Sexo e a Cidade”, ao estilo da personagem da sobrevalorizada em todos os sentidos Sarah Jessica Parker) que a influência que as hormonas têm nos ciganos desenvolve a sua faceta intimidatória e simultaneamente pedinchona de marginais e marginalizados, respectivamente?

De qualquer das formas, saí-me melhor que a gaja referida no parêntesis anterior. Deve ser do curso. Consegui desenvolver competências no campo da formulação de hipóteses. Ou não. Só sei que já estou farto de ouvir os miúdos repetirem as mesmas palavras e os mesmos erros… Se bem que tive um miúdo que me leu “próximo” como “bruxismo”. Ele há com cada uma.

sexta-feira, abril 17

O Melhor dia para Casar

I am you, and what I see is me

Sugestão para o fim de semana de chuva que se avizinha:

Coloquem a tocar, bem alto, no vosso leitor de mp3/estereofonia /Gira-discos a faixa nº 2 “Carefull With That Axe, Eugene”do álbum Ummagumma dos Pink Floyd e comecem a ler aleatoriamente os resumos das telenovelas portuguesas e brasileiras, mesmo sem nunca terem tido a coragem de ver um único episódio.

PS: Não tenham nenhum tipo de arma branca ou de fogo à mão.

domingo, abril 12

PÁSCOA

A páscoa é um natal mais pequeno. A páscoa é um inexistente solo do David Gilmour nos corredores de um supermercado no final da manhã, onde o burburinho é diferente por o dia ser "especial"; há uma tensão, uma expectativa que dali a horas será gorada e ainda ninguém dá por isso, ninguém se desilude, quanto muito há um lamento qualquer «a minha mãe está a ficar mesmo velha; o teu irmão tem conversas parvas». Na páscoa vêem-se carros velhos com poucos quilómetros feitos nas mesmas estradas, com matrículas onde os caractéres têm relevo; são conduzidos pelos seus donos de sempre, senis e carregados de uma fúria contra qualquer ruído que incomode suas silenciosas mentes - batem com a vassoura no tecto se o solitário vizinho de cima suspira ou declama um soneto de desespero, batem com o pé no chão e ameaçam chamar a polícia aquando momentos mais flatulentos do casal de baixo que é ateu. A páscoa são mais carros à entrada das vivendas, menos nos estacionamentos dos prédios, porque devido ao quintal, as pessoas ajuntam-se mais nas moradias para que os infantes possam correr e deixar fluir um princípio de incesto que a sociedade vai castrar e um psicólogo mais tarde não irá entender. Nesta altura vêem-se pessoas idosas vestidas de um preto gasto e sem aquele brilho oleoso das vestes dos ciganos que, temporariamente saídas de um lar ou da decrépita casa da aldeia onde vivem em reclusão, são ajudados por familiares a transpor obstáculos que nem sempre o foram e ali ficam, na sala, a marcar uma analfabeta presença através do seu sorriso pateta e constrangido de quem espera pela apolexia fatal. O solo do Gilmour continua e sorte daqueles que nunca o ouvem e que se limitam a ir, a dar pulos geracionais rumando ao vácuo ao qual se vão naturalmente habituando dados os anos de infertilidade.

sábado, abril 11

sissi sees the sea

boa páscoa caralho

sexta-feira, abril 3

Acabei agora de ver o Zeitgeist, o de 2008, que está um bocado entediante e a estas horas, aquela voz embala um bocado. Quer dizer, é suposto acreditarmos naquilo piamente, ver ali o novo messias no "projecto camisa-de-vénus" e etc? Aquilo está cheio de tretas, de falácias e sofismas. E o detalhe mais importante de todos, é os gajos não assumirem a Anarquia de forma clara, metem-se lá com a treta da tecnologia para dar outro nome às coisas, porque a palavra anarquia iria descredibilizar e afugentar as pessoas. Isso não é manipulação, especulação intelectual? Enfim. Todavia, recomendo a coisa, é interessante de se ver, apesar de à partida, para uma pessoa mundana e informada, sem reaccionarismos, não tem nada de novo, mas, é agradável ver as coisas organizadas e esquematizadas como ele ali apresenta.

quinta-feira, abril 2

Nada, acrescenta.

Com o sol a moer-me as vistas, percorro as ruas na segunda hora de ponta do dia e passam entre outras coisas mais ou menos bizarras, casais adolescentes, de miúdas muito mais baixas que os rapazes que esticando-se, abraçam-nos com sofreguidão e com um sorriso tolo na face purulenta e sedenta de afiliação. Pequenas almas que já sabem tanto dumas coisas e nada de outras, pequenas almas encharcadas por um tremendo mau gosto e por uma sinceridade etérea que não ultrapassa os preâmbulos dos sucos pudibundos.
Depois de reprimir o violento e sádico impulso de urinar para cima das pessoas que andam pelo centro comercial, entro numa livraria e claro, como sinto uma necessidade vicariante de comunicar com alguém, é ali que invisto. Peço a uma funcionária para me pesquisar acerca de uns livros (operação imolação; ideologia do catolicismo adaptado a capuchinhos) e uns autores (Juskoviak; Balakov; Mostovoi; Kulkov; Cherbakov), que eu à partida sei que ali não existem ou que só estão disponíveis através de encomenda, para assim, além de garantir que não gasto dinheiro, poder também trocar algumas palavras, umas missivas oculares, uns gestos desgarrados e desajeitados que me fazem sentir pertença da sociedade. Comento depreciativamente os marcadores que ali têm para oferecer aos clientes e sinto mesmo que me acham muito estranho; ouve-se música daquela mesmo primária e primata, nas colunas do centro comercial e uma das funcionárias começa, sem qualquer género de piedade ou inibição por estar ali um tipo estranho e hirsuto, a bambolear-se toda, semicerrando os olhos e dando de forma franca o seu perfil marcado pelo nariz adunco, à minha mais constrangida contemplação, «que grande perda de tempo». Miséria. Vou-me embora com o vazio do costume e preparo-me para mais uma noite de insónia dividida entre o FM e o Fausto.
As góticas no Estio cheiram muito mal dos pés, as docs são ventiladas? Existem góticas que não sejam ou muito gordas ou muito magras? Existem góticas que não sejam feias e que tenham tido uma normal adaptação ao ensino secundário? Existem góticas capazes de uma conversa inteligente e verosímil? As góticas podem gerar, é compatível com a sua "filosofia"? Alguém alguma vez viu uma gótica grávida?
Por falar em espermatozóides góticos, que é feito do Chiquito?