quinta-feira, abril 22

leitura 3 ou identidade

"Ele mantinha-se um homem vulgar, sem qualquer qualidade excepcional; havia nele, (...), apenas a marca do menos, do que lhe faltava em relação aos outros humanos, e nada do outro lado para compensar ou atenuar: nenhuma habilidade artística; nenhuma ocasião excepcional lhe surgira - (...) - para poder ser herói momentâneo; a existência mantivera-se a uma altitude estável (...). Inconscientemente todos exigiam algo mais: uma carga positiva forte, uma invenção inesperada, uma mulher que se encontra; ou filhos, pelo menos, que assinalem nos dias actuais uma energia importante que justifique a espera, que faça suportável o facto de nada acontecer agora." Gonçalo M. Tavares, Jerusalém

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