terça-feira, junho 24

Tatuagens

Sempre gostei de tatuagens. Desde miúdo que quero ter tatuagens. Para amenizar esse meu desejo, punha daquelas tatuagens temporárias das Tartarugas Ninja que vinham no Bollycao. Recentemente, com um programa da televisão por cabo (Miami Ink), a minha antiga paixão por tatuagens reacendeu-se.

Após este reacendimento, tentei descobrir que símbolo poderia tatuar definitivamente na minha pele. Após muito pensar, muitas horas de pesquisa interior e na internet, não consegui chegar a um símbolo que significasse algo de relevante para mim. Depois da busca por um símbolo ter sido um fracasso, pensei numa frase ou nome. Seria estúpido por o nome da minha namorada, que apesar de gostar muito dela, sei que as relações não duram para sempre, ou pelo menos a maioria. As relações são um gato de Schroedinger que, quando se abre a caixa para ver se o gato está morto ou vivo, a radiação se espalha e mata tudo à volta. Por isso, como não se sabe se o gato está vivo ou morto (ou seja, se a relação resulta ou não) não convém tatuar o nome do/a namorado/a.

Sendo assim, pensei em algo mais permanente. Os pais. Tatuar o nome dos pais seria uma boa opção, e como não há dúvidas de que sou filho de ambos os meus progenitores, mais forte seria essa hipótese. No entanto, tatuar o nome dos pais pode parecer um pouco mimado e infantil. Só que não é esse contra que me deixa apreensivo. É o facto de, se puser o nome dos meus pais, tenho de por o da minha avó. De facto, não é minha avó. É madrasta da minha mãe. Mas tratou-me como se de um filho se tratasse. Por isso, devia tatuar também o nome dela. Tatuando o nome da minha avó, tinha de ponderar se também tatuava o do meu irmão e o da minha sobrinha. Como estes últimos formam um núcleo familiar por si só, pareceria mal se toda a família não fosse englobada. Assim, teria de por o nome da minha cunhada também. Para por o nome da minha cunhada, este teria de ser acompanhado pelo nome dos pais dela. Se pusesse o nome dos pais da minha cunhada, teria de por o nome de dois primos meus, que foram criados comigo na minha avó, sendo por isso quase meus irmãos. Para por o nome deles, teria de por do meu tio e da minha tia. Mas como a minha mãe tem 4 irmãos e o meu pai três, tinha de por o nome deles também, das/os respectivas/os mulheres/maridos (que nalguns casos são dois ou três), o nome dos meus primos, que entretanto a maior parte deles já casou e tem filhos. Resumindo: a minha tatuagem ideal seria uma árvore genealógica. Conclusão: desisti de fazer uma tatuagem. Provavelmente, farei uma apenas quando todos morrerem e eu for o único da minha família. Assim é mais fácil, tatuo o meu nome. Porque é que o Charles Manson não é português e assassina a minha família? Hã? Facilitava a minha decisão de fazer uma tatuagem, já para não falar do facto de que a faria ainda jovem e radioso, quando as tatuagens são bem aceites e não apenas memórias de uma juventude de loucura ou de uma crise de meia-idade.

2 comentários:

Unknown disse...

E os nomes dos amigos que são como família? esses não contam? hein, hein??

Espiral disse...

acho k a frase é boa ideia =)
há alguma que aches que te imortalize? escolhe essa =)

dicas-de-uma-pessoa-que-já-fez-a-dita-tatuagem-e-que-pensa-fazer-mais-e-que-inclusivamente-não-se-arrepende-da-primeira =)

Beijos mil