sexta-feira, janeiro 30

sociedade civil.

ouvi uma rapariga novinha a dizer o seguinte: "não me lembro da primeira vez que ouvi a Amália assim como não me lembro da primeira vez que comi arroz". Como se resume uma gaja tipo a Amália a uma comparação com uma leguminosa seca é que não percebo.

terça-feira, janeiro 27

amigos do senhorio.

1- a minha entrada foi a 6766, o que significa que a marca de 666 já foi ultrapassada faz tempo e que a milésima marca da besta de 6666 também o foi. Ainda bem.
2-"...a atracção de ver uma rapariga com os pés nus é que parece, mormente se os pés forem bonitos e os tornozelos bem esculpidos, que estamos a adivinhar-lhe as restantes curvas do corpo; parece que estamos a sentir como é que a nossa língua e dedos iriam sentir a passagem na suave alva pele no lado do ventre, nas curvas e descurvas, nos ombros e pescoço e laterais dos seios. É como se, por momentos, a víssemos nua..."
3- "quanto mais se explica, menos se faz entender"
4- "os árabes vão muito a esta coisa de um sábio"... muito temos nós que aprender com os árabes. Oráculo, onde estás que te não vejo?
5- é preciso pensar assim: a moda, a evolução da moda, tipo alta costura e essas merdas assim, por mais repugnantes que possam parecer, têm muito a dever à invenção das calçadas e aos calceteiros. Senão, vejamos: com a invenção de um sistema de cobertura da bosta enlameada das ruas, deixou de haver necessidade de roupa domingueira, permitindo que mais preocupações fossem dadas à roupa que o cidadão CUmum usa no dia a dia, com gravatas, ceroulas e calças engomadíssimas.  A invenção e utilização de calçadas possibilitou o aparecimento de vários grupos sociais que se encontram dependentes da utilização de certa indumentária para o seu adequado reconhecimento: executivos, gajas boas e dreads, sendo que estes últimos ainda apresentam um resquício, nos bocais das calças,  da porcaria que devem ter sido as ruas d'então, em que a merda abundava. Tristes alturas devem ter sido. e ainda me falam da crise.

domingo, janeiro 25

Sporting vs. Benfica

É difícil explicar a rivalidade entre os dois grandes clubes de Lisboa (sendo que o Benfica é uma grande merda). Esta rivalidade é paulinhotão grande que o Sporting fez um estádio novo para o Euro 2004 e o Benfica, que planeava fazer apenas remodelações ao estádio antigo, teve de fazer tb um estádio novo. Mas isto não é o facto mais flagrante da rivalidade entre estes dois colossos do futebol nacional (não consigo arranjar uma piada que encaixe nesta frase para dizer que o Benfica é merda). O mais flagrante é o facto de o Sporting ter um "maluquinho da aldeia", o Paulinho (que muito estimo e acarinho), e o Benfica, que não pode ver nada, teve de contratar o Mantorras para "maluquinho da aldeia". Lambareiros...mantorras

sábado, janeiro 24

Fealdade é...

Olhares para uma pessoa e ver que esta está com um esgar de dor e nojo, simultaneamente, e que, após a primeira impressão, te apercebes que essa pessoa afinal está a sorrir, o que te deixa a ti com uma expressão facial semelhante a quando provaste pela primeira vez Gold Strike puro num bar de Santos.

quarta-feira, janeiro 21

o texto extremista.

1- há uma linguagem por debaixo da linguagem. Há outra ainda por debaixo desta, e, acumulada a um canto da boca, junto do cotão da língua, há ainda outra, mais profunda. É essa que diz o que nós sentimos e assim cenas, e como já defendi outrora neste blógue (palavra que me lembra fugazmente uma matéria inerte excretada), uma linguagem que é mormente expressa em dias ou noites em que o álcool é rei e senhor do meu corpo, olhos boca nariz ouvidos e pontas dos dedos incluídos. é um mistério por decifrar. semelhante ao obama ter chegado à casa branca. Inédito caso, auspicioso futuro lhe estamos todos desejando, glória seja dada ao cavaleiro do cabelo semi frisado, que, se por um lado deixa adivinhar as raízes africanas, por outro não deixa tresler que este senhor é mais branco que eu. só um branco teria a ambição desmedida que querer governar outros. porque, aliás, isto de querergovernarapetece-meagoradizer que não é uma coisa de pretos, é uma coisa de brancos e de pretos armados a brancos. aliás, apetece-meagoradizeristo: não tem a ver com o tom da pele, tem a ver com este ruminar incessante que vai cá dentro e que me faz querer ser melhor que esta pessoa gay que estava aqui ao meu lado, e que felizmente já se foi embora.OU então ser como o grande rei shaka zulu, como pudemos ver e testemunhar, em tempos, no canal 1 ou 2. Mas a linguagem, a linguagem, a linguagem. ah. as acções, o movimento, ah, o corpo, os teus olhos nos meus, deixa-me ouvir-te falar e ver-te os olhos a mexer, depois já sei que estás a mentir, ou a dizer a verdade quando dizes assim "amo-te" ou talvez ainda algo mais simples "sim, quero chá de canela e caramelo e maçã". Fico à espera de uma ligeira ondulação na minha voz quando respondo que quero o chá de caramelo, quando detesto aquela merda, ou julgo detestar, e depois entro no jogo de aparências que é viver e falarmos com outros. Quebrado ocasionalmente por momentos de pura amizade, de puro tesão, ou de um grande vinho, prái com 14 e meio, de uma cerveja belga, ou tudo isto junto - Deus seja louvado.
2- Vi o seguinte cenário ontem: um tipo vinha na rua da conceição, abrandando pois o sinal estava vermelho (não devia ser português). um taxista de trinta anos, branco, cabeça rapada e enlustrada, reclamando, apitando, bufando. passei pelos dois, o taxista ainda reclamava. era agora visível, alumiado pelo vermelho dos stops do carro em frente, a sua exaltação. a certa altura o taxista liberta um gesto. pá, juro que vi naquele gesto um macaco, algo de simiesco ali: os dois braços arqueados, jogados à frente, como se vê em documentários, quando os mamíferos felpudos estão frustrados com alguma cena (alguém que os tenta fazer ler uma merda, e eles à espera duma banana a pensar "ah, boa cientista, deixa.me sentir tuas tetas" ).  .afinal são uns anos que nos separam. vamos todos pensar nisto enquanto bebemos cerveja p.f.

domingo, janeiro 18

O Dilema da Liga dos Últimos

mata velhos 2

Pergunta:

Será que é preferível ir para um primeiro encontro, com aquela gaja que estivemos quase 2 semanas a trocar mensagens privadas no HI5, num mata-velhos (também designado de papa-reformas, conforme a região do pais), ou ir a pé?

Resposta:

Tanto faz, porque no fundo o que conta é o interior.

sábado, janeiro 17

sexta-feira, janeiro 16

Se um dia me vires na rua com um copo na mão, nunca penses ser um copo qualquer!

escherNestes dias de frio intenso, em que tiritamos sem controlo, só nos apetece estar na caminha a ver pornografia gonzo. Neste paradigma do cinema independente e de autor, as debutantes, normalmente, afiguram-se com ausência de consciência momentânea ou prolongada (Drogadas ou Bêbadas; pessoalmente, prefiro bêbadas). Cedo percebemos que estas se encontram possessas pelo demónio da luxúria. Prontamente, ocorrem um, dois, às vezes mais, acólitos de tez de ébano, normalmente disfarçados de gajos totalmente depilados. O exorcismo dá-se, através de estocadas tenazes e ferozes, em vários pontos consagrados, sempre, em consonância com os rituais do auto e hetero-entretenimento. And so on….ou melhor… und so weiter…. E, posso dizer que a rapariguinha no final se salva, e pode voltar a ter uma vida normal - Ir ao cabeleireiro com a melhor amiga, ouvir reggaeton e resolver sudokus, enquanto espera pela vez para ir à assistente da Segurança Social.

De volta à vaca fria, perdão, ao meu ponto, apesar do inverno rigoroso (daqueles que os nossos avós se lembravam, e que meia dúzia de velhos do Restelo ambientalistas profetizaram que nunca iria voltar) existe um oásis em Lisboa, um sítio onde é sempre Verão: a Loja do Cidadão dos Restauradores. E porquê ? respondo à lá Sócrates:

1º – Quando entramos na loja do Cidadão, reparamos nas pessoas e parece que estamos num país exótico, desses que passam metade do ano ou em seca ou em monções. Em que há uma cheia, e morrem muitas pessoas. Em que uma grávida entra em trabalho de parto na fila para ir votar e chama o seu filho/a de “Voto”, tal a opressão de anos e anos de ditadura. Em que dia de festa, não acaba sem tiros de Kalashnikov para o ar, em que felicidade significa ter uma arma e ter uma arma significa ter um certo poder, e, no fundo, tudo gira em volta do Poder, seja este escrito com éfe (Foxtrot; · · – · ) ou com pê (Papa; · – – · ). Um desses países que ficam nas terras de Vera Cruz, nas Índias, como a Buraca, ou então os bairros típicos de Alfama e Mouraria.

2º – Por infeliz coincidência, os humores que se inalam por este oásis, são ricos e frutados. De fazer reviver as memórias olfactivas a um trabalhador de um aterro sanitário. Lembra o açafrão e a canela das índias, o café de Timor Lorosae, a cana de açúcar do Brasil ou então o metro apinhado de gente no verão, quando as pessoas, a mole de pessoas, sem mais opções erguem os braços, e de repente fechamos os olhos, e somos assaltados pela memória daquela visita de Estudo a uma ETAR no secundário. Também, das cuecas que usamos durante 1 semana seguida naquele acampamento de verão, em que defecávamos sob um lindo céu estrelado, no meio do mato, e, pela primeira vez, metemos um dedo na vagina de uma ninfeta, ao mesmo tempo que ela se contorcia de uma forma desconhecida até então…

Entretanto, quase sem pensar, tenho vontade de chegar à senhora do guichet da segurança social e pedir uma Margarita com pouco gelo, ao que ela provavelmente retorquiria “ Senha A é para o Atendimento Geral, a Senha D é para Entrega de Impressos, está ali tudo explicado senhor…”, entre dentes, “ arre que as pessoas são burras….”.

3º – As pessoas tratam-se umas as outras como no Algarve….

PS: O Titulo foi tirado daqui http://www.wyrusalmapodre.blogspot.com/.

Santinho 2 (se me permites, rameladoiro)

No seguimento do post anterior, venho partilhar também a mágoa que sinto por não conseguir defecar numa casa de banho pública sem forrar o tampo com, pelo menos, três camadas de papel higiénico. Acontece que ontem fui aos armazéns do Chiado, só porque sim. Acontece que me deu uma tremenda vontade de ir ao w.c. Não sei se já foram ao w.c. dos ditos armazéns, mas não é a coisa mais agradável de se frequentar, principalmente no que concerne ao espectro olfativo. Vai daí, vou à fnac. Ando para lá a ver os livros em promoção, à procura da "Poesia" de Alberto Caeiro/ Fernando Pessoa que estava em promoção e já esgotada nas outras fnacs que visitei. Lá encontrei o estupor do livro, que era o último da espécie. Vou ainda à procura do dvd do "Barry Lyndon" do Kubrick, que é um dos melhores filmes de sempre. Não tinham, portanto, dirigi-me às caixas para pagar o Alberto. Na fila, que está grande e demorada devido a um problema técnico no leitor das bandas magnéticas do cartão da casa, começo a ver o livro pormenorizadamente, não fosse aquilo estar em más condições. No fim desta inspecção, reparo que não existe qualquer tipo de alarme que identificasse o livro como sendo da fnac, e que poderia ter saido da loja sem pagar. E é aqui que entra a mágoa pelos escrúpulos ganhos na educação judaico-cristã. Perfeitamente consciente que poderia levar o livro de graça, esperei 20 minutos na fila para pagar €10 por ele. É por estas e por outras que acho que se tivesse nascido numa família sem fé nem moral, era muito mais feliz.

quinta-feira, janeiro 15

santinho.

uma coisa que acho mesmo ridícula, mas que simplesmente a minha asseadinha personalidade me obriga a fazer, tem a ver com elaborar um quadrado de papel higiénico nas bordas da sanita pré defecação em casas de banho públicas.

terça-feira, janeiro 13

Time Traveling My Ass

Desde o início da ficção científica, penso que no séc. XVIII (antes disso, apenas havia ficção religiosa, muita dela adoptada como dogma), que o Homem sonha com viagens no tempo. Talvez tenha tido origem antes disso, mas a viagem no tempo romanceada começou nesta altura. Grandes máquinas, grandes cálculos, grandes génios. São estes os requisitos para viajar no tempo. Eu digo: NÃO!

Porque digo “não”? Eu explico. Por 3 razões: porque tenho uma justificação plausível que vou explicar de seguida; porque me apetece contrariar um conceito ficcional do séc. XVIII; porque os nerds que não lêem isto diriam que é possível, através de wormholes e merdas assim, ao que eu responderia “então mas isso já está fabricado? Não? Então calem-se e masturbem-se com a princesa Xena que deve estar a dar no canal Sci-FI! Nerds de merda… Filhos da puta de quatro olhos… Sempre a vir com merdas… Isto não é o World of Warcraft, panascas! Sim, panascas! São rotos e não têm coragem de admitir, e por isso admiram figuras de acção como o Luke Skywalker, esse exemplo de masculinidade…”

Bom, ultrapassado este momento de raiva para com os nerds, iniciado pelo facto de estar a dar uma versão musical do Oliver Twist no canal Hollywod, vou justificar a primeira das razões que me levou a dizer que não é necessário ser um génio e ter recursos para viajar no tempo. Basta ir à Baixa de Lisboa. Casas de bacalhau, que ainda têm esse fiel amigo disposto em camadas em cima de bancadas de mármore; casas de conservas, que ainda têm conservas com rótulos que resistiram aos publicitários modernos que, nas sábias palavras de Bill Hicks, deviam matar-se; grandes armazéns de artigos para a casa como a Pollux e o Braz & Braz. Nestes últimos, a viagem é mais curta. Vai aos anos da minha e da vossa infância (se os artigos que vou enumerar de seguida forem da vossa adolescência ou jovem idade adulta, já estão velhos como a merda…). No armazém Braz & Braz, pode-se ver uma panóplia de loiça de mesa e de copos que não se encontram em qualquer lado. Até têm os copos de bagaço com a risca azul a marcar a medida… Isto no rés-do-chão. Encontram-se neste piso, ainda, uma variadíssima selecção de artigos de cozinha modernos, para acompanhar os tempos. No entanto, ao subir ao primeiro andar, entramos na Twilight Zone… Ferros de engomar a carvão, picadores de carne de ferro, dos que se fixam às mesas com um parafuso enorme, conchas de sopa de inox de tamanho ciclópico, cataplanas e companhia, etc., etc. Existe ainda, e este facto foi o que mais me emocionou, uma estante de exposição subordinada a apenas uma marca de utilitários de cozinha. Esta marca, e agora vem aí a surpresa… é… (rufo tremendo, seguido de um solo de 10 minutos do John Bonham dos Led Zeppelin, para quem não saiba… “Nós sabemos. Aliás até tenho a colecção de bootlegs completa, comprada no ebay a um colec…” CALEM-SE, caralho! NERDS DE MERDA! NÃO QUERO SABER! MORRAM!)… é… MOULINEX! Sim! Para quem pensava que a Moulinex estava morta há muito, engane-se! Ela vive nos nossos corações e no armazém Braz & Braz! Fiquei tão surpreendido como quando soube que a Joni Mitchel não tinha morrido… Um passe-vite, um esmagador de alhos, um sem número de utilitários de cozinha da Moulinex ainda sobrevivem…

No armazém Pollux, por sua vez, apenas tive o prazer de regressar à infância por acaso. No piso dos brinquedos, se ainda se lembram, tinha tudo e mais alguma coisa… Das coisas mais antigas às consolas mais novas. Pois é, parece que parou no tempo também. Ao sair do elevador (não sei qual o piso) no piso dos brinquedos, deparo-me com um móvel com uma televisão. A esta televisão estava ligada nada mais, nada menos do que uma NINTENDO 64! Sim, uma Nintendo 64. E na prateleira protegida com uma porta de vidro estava uma Nintendo NES já amarelada dos anos. Também numa vitrina ao lado, estavam expostos vários jogos, tanto da Sega como da Nintendo, para a Master System, Mega Drive, Game Gear, Game Boy, etc. Vieram-me as lágrimas aos olhos, não por pensar na minha infância adorada, quando ia com os meus avós à Pollux, mas sim pela frustração que era de todas as vezes que eu pedia algo, não me darem. Bem, se calhar foi isso que fez de mim o homem que sou hoje: um gajo que se se apanha com dinheiro na mão gasta na primeira coisa que lhe suscita curiosidade ou desejo.

Como vêem, viajar no tempo é barato.

sexta-feira, janeiro 9

e-Tyrannosaurus rex

Sempre que certa personagem, de bracinhos a fazer lembrar um dinossauro que se encontra no nosso imaginário, cujo principal objectivo de vida é recriar a Biblioteca de Alexandria sobre a vida das outras pessoas, fizesse forward a e-mails, deveria ser electrocutada com crescente voltagem. Ou então, na melhor das hipóteses, enfiava-se uma espécie de torno no seu orifício anal que dilatasse essa sua cavidade, sempre que a setinha do seu rato se encontrasse próxima da caixinha do SEND/ENVIAR do e-mail.
Desta forma, poderia ganhar uma certa repulsa ao acto e finalmente deixar essa tentativa vã de arranjar um gajo decente através deste meio. Assim um gajo, que não queira apenas foder de madrugada, quando os seus níveis de alcoolémia estão perto do ilegal, mantendo com dificuldade a semi-erecção durante a penetração. Um príncipe que realmente se preocupe com as suas bravatas, quimeras e deambulações no post-coitum, e não adormeça logo a seguir à ejaculação ao mesmo tempo que ressona que nem um porco. Um HOMEM que não tenha medo de enfrentar a dura realidade sóbrio, que não fuja a sete pés do seu covil...
Mas claro, isto sou eu a dizer…

terça-feira, janeiro 6

that's just the way it is, somethings will never change, that's just the way it is, but don't you believe that

Título: A lenda do Galo de Barcelos Entre Aspas: 
Certo dia, apareceu um galego que se tornou suspeito(claro que tinha de ser galego). As autoridades resolveram prendê-lo (porque era galego, claro. Raiparta, já ninguém se safa) e, apesar dos seus juramentos de inocência, ninguém o acreditou. Ninguém julgava crível que o galego se dirigisse a S. Tiago de Compostela em cumprimento de uma promessa; que fosse fervoroso devoto do santo que em Compostela se venerava, assim como de São Paulo e de Nossa Senhora. Por isso, e por apalpar meninas na igreja,  foi condenado à forca e a limpar o talho.
Ora, o tal galego, antes de ser enforcado, pediu que o levassem à presença do juiz que o condenara (como funcionaria melhor a justiça se não fosse preciso ver as pessoas que se condenam...). Concedida a autorização, levaram-no à residência do magistrado, que nesse momento se banqueteava com alguns amigos (uma orgia com bués comida, portanto). O galego voltou a afirmar a sua inocência e, perante a incredulidade dos presentes, apontou para um "galo" assado que sobre a mesa estava fumegando e exclamou:
- É tão certo eu estar inocente, como certo é esse "galo" cantar quando me enforcarem!
Risos e comentários não se fizeram esperar, mas pelo sim e pelo não, ninguém tocou no "galo". O que parecia impossível, tornou-se porém realidade! Quando o peregrino estava a ser enforcado o "galo" assado (que, na altura e mercê da morosidade proverbial da justiça portuguesa, mormente a de Barcelos e outras terras minhotas, tirante a honrosa excepção da Maria da Fonte, essa gaja brutal com pelo na venta e nas partes pudibundas, que, dizíamos, mercê da morosidade da justiça portuguesa, já se encontrava putrefacto)  ergueu-se e cantou. Já ninguém duvidava das afirmações do condenado. O juiz corre à forca e com espanto vê o pobre homem de corda ao pescoço, mas o nó lasso impedindo o estrangulamento. Imediatamente solto, foi mandado em paz.
.
. Pessoalmente, acho que esta é uma estória sobre os efeitos da impotência masculina num pobre galego, publicamente conhecido pela suas minguadas valências virisssss e sobre a forma como este mesmo galego sobreveio e venceu as dificuldades através de uma espécie de pré rigor mortis em que o seu pirilau enrijeceu; para espanto de todos os presentes, ausentes, e referência na invenção de produtos farmacêuticos futuros. hm hm.
2º é irritante ver a merda que se está a passar em gaza, de novo. de novo. de novo. deve ser um autêntico espectáculo acordar de manhã com um obus a entrar pela janela adentro, rebentando com o quarto, chinelas para um lado, cobertas para outro, pernas ensanguentadas, socorro, socorro, acudam que me morro. isto dito numa língua que não compreendemos, o que torna mais fácil encolher os ombros, aqui, neste computador, a um mar mediterrâneo e um par de milhares de quilómetros de distância, tira e põe umas ilhas pelo meio. A sério, mas que merda é esta de jogar bombas à parva noutro país? que merda pá... que merda.

segunda-feira, janeiro 5

Mau, mesmo mau, é não conseguir dar a cagada ansiada, ao invés, soltar apenas pequenas particulas do grande conglomerado armazenado no recto.