terça-feira, janeiro 6

that's just the way it is, somethings will never change, that's just the way it is, but don't you believe that

Título: A lenda do Galo de Barcelos Entre Aspas: 
Certo dia, apareceu um galego que se tornou suspeito(claro que tinha de ser galego). As autoridades resolveram prendê-lo (porque era galego, claro. Raiparta, já ninguém se safa) e, apesar dos seus juramentos de inocência, ninguém o acreditou. Ninguém julgava crível que o galego se dirigisse a S. Tiago de Compostela em cumprimento de uma promessa; que fosse fervoroso devoto do santo que em Compostela se venerava, assim como de São Paulo e de Nossa Senhora. Por isso, e por apalpar meninas na igreja,  foi condenado à forca e a limpar o talho.
Ora, o tal galego, antes de ser enforcado, pediu que o levassem à presença do juiz que o condenara (como funcionaria melhor a justiça se não fosse preciso ver as pessoas que se condenam...). Concedida a autorização, levaram-no à residência do magistrado, que nesse momento se banqueteava com alguns amigos (uma orgia com bués comida, portanto). O galego voltou a afirmar a sua inocência e, perante a incredulidade dos presentes, apontou para um "galo" assado que sobre a mesa estava fumegando e exclamou:
- É tão certo eu estar inocente, como certo é esse "galo" cantar quando me enforcarem!
Risos e comentários não se fizeram esperar, mas pelo sim e pelo não, ninguém tocou no "galo". O que parecia impossível, tornou-se porém realidade! Quando o peregrino estava a ser enforcado o "galo" assado (que, na altura e mercê da morosidade proverbial da justiça portuguesa, mormente a de Barcelos e outras terras minhotas, tirante a honrosa excepção da Maria da Fonte, essa gaja brutal com pelo na venta e nas partes pudibundas, que, dizíamos, mercê da morosidade da justiça portuguesa, já se encontrava putrefacto)  ergueu-se e cantou. Já ninguém duvidava das afirmações do condenado. O juiz corre à forca e com espanto vê o pobre homem de corda ao pescoço, mas o nó lasso impedindo o estrangulamento. Imediatamente solto, foi mandado em paz.
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. Pessoalmente, acho que esta é uma estória sobre os efeitos da impotência masculina num pobre galego, publicamente conhecido pela suas minguadas valências virisssss e sobre a forma como este mesmo galego sobreveio e venceu as dificuldades através de uma espécie de pré rigor mortis em que o seu pirilau enrijeceu; para espanto de todos os presentes, ausentes, e referência na invenção de produtos farmacêuticos futuros. hm hm.
2º é irritante ver a merda que se está a passar em gaza, de novo. de novo. de novo. deve ser um autêntico espectáculo acordar de manhã com um obus a entrar pela janela adentro, rebentando com o quarto, chinelas para um lado, cobertas para outro, pernas ensanguentadas, socorro, socorro, acudam que me morro. isto dito numa língua que não compreendemos, o que torna mais fácil encolher os ombros, aqui, neste computador, a um mar mediterrâneo e um par de milhares de quilómetros de distância, tira e põe umas ilhas pelo meio. A sério, mas que merda é esta de jogar bombas à parva noutro país? que merda pá... que merda.

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