sexta-feira, janeiro 16

Santinho 2 (se me permites, rameladoiro)

No seguimento do post anterior, venho partilhar também a mágoa que sinto por não conseguir defecar numa casa de banho pública sem forrar o tampo com, pelo menos, três camadas de papel higiénico. Acontece que ontem fui aos armazéns do Chiado, só porque sim. Acontece que me deu uma tremenda vontade de ir ao w.c. Não sei se já foram ao w.c. dos ditos armazéns, mas não é a coisa mais agradável de se frequentar, principalmente no que concerne ao espectro olfativo. Vai daí, vou à fnac. Ando para lá a ver os livros em promoção, à procura da "Poesia" de Alberto Caeiro/ Fernando Pessoa que estava em promoção e já esgotada nas outras fnacs que visitei. Lá encontrei o estupor do livro, que era o último da espécie. Vou ainda à procura do dvd do "Barry Lyndon" do Kubrick, que é um dos melhores filmes de sempre. Não tinham, portanto, dirigi-me às caixas para pagar o Alberto. Na fila, que está grande e demorada devido a um problema técnico no leitor das bandas magnéticas do cartão da casa, começo a ver o livro pormenorizadamente, não fosse aquilo estar em más condições. No fim desta inspecção, reparo que não existe qualquer tipo de alarme que identificasse o livro como sendo da fnac, e que poderia ter saido da loja sem pagar. E é aqui que entra a mágoa pelos escrúpulos ganhos na educação judaico-cristã. Perfeitamente consciente que poderia levar o livro de graça, esperei 20 minutos na fila para pagar €10 por ele. É por estas e por outras que acho que se tivesse nascido numa família sem fé nem moral, era muito mais feliz.

1 comentário:

Nada disse...

devias ter trazido o livro sem pagar, e apesar de não haver qualquer necessidade disso, devias ainda, ter ateado fogo a um cinzeiro,como manobra de diversão.