quarta-feira, agosto 13

Beijing, ou a Arte de Destruir Sonhos

Estou completamente do lado dos organizadores da cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Pequim (ou Beijing, como Alguns portugueses passaram a dizer, só porque aparece nas emissões televisivas). Mudaram a miúda que cantou só porque o seu rosto arredondado e a sua dentição não passavam a imagem de perfeição que seria necessária numa cerimónia como esta, num evento como este. Ok, é certo que não é justo para o rouxinol feio. Mas, meus caros, eu não quereria ver uma valquíria a fazer um flik (ou flip, nunca sei… os fonemas são perecidos) como um dos hipopótamos dançarinos da Fantasia da Disney (esta referência foi muito gay…).

Este assunto é-me particularmente familiar. Há uns tempos, quando comecei a conhecer uma banda que andei a negligenciar alguns anos, os Anathema, fiquei viciado numa música chamada “A Natural Disaster”, interpretada por uma voz feminina quase perfeita. A fluência com que as notas expiradas por aquela boca atingia uma quase perfeição. Posso confessar que, por momentos, me apaixonei pela voz. No entanto, fui apresentado virtualmente (por intermédio do youtube) à dona da voz, pelo meu caríssimo amigo Chigurh (filho da puta que me estragou a imagem perfeita associada à voz!!!). Bem, fiquem de seguida com o vídeo que me destruiu uma imagem quase perfeita. Proponho que, para terem a mesma desilusão que eu vivi, ouçam primeiro a música, sem verem o vídeo. Depois sim, vejam o vídeo.

1 comentário:

Nada disse...

Eu comia a gaja na boa, não sei que esquisitisse é essa, ah, também comia a miúda feia dos jogos olímpicos, pá, sóis todos muito esquisitos.

Ia escrever uma merda engraçada, mas, não fui capaz, temi as consequências... Afinal, ainda há uma vaca sagrada e nós sabemos quem é.