sexta-feira, janeiro 30
sociedade civil.
terça-feira, janeiro 27
amigos do senhorio.
domingo, janeiro 25
Sporting vs. Benfica
É difícil explicar a rivalidade entre os dois grandes clubes de Lisboa (sendo que o Benfica é uma grande merda). Esta rivalidade é tão grande que o Sporting fez um estádio novo para o Euro 2004 e o Benfica, que planeava fazer apenas remodelações ao estádio antigo, teve de fazer tb um estádio novo. Mas isto não é o facto mais flagrante da rivalidade entre estes dois colossos do futebol nacional (não consigo arranjar uma piada que encaixe nesta frase para dizer que o Benfica é merda). O mais flagrante é o facto de o Sporting ter um "maluquinho da aldeia", o Paulinho (que muito estimo e acarinho), e o Benfica, que não pode ver nada, teve de contratar o Mantorras para "maluquinho da aldeia". Lambareiros...
sábado, janeiro 24
Fealdade é...
Olhares para uma pessoa e ver que esta está com um esgar de dor e nojo, simultaneamente, e que, após a primeira impressão, te apercebes que essa pessoa afinal está a sorrir, o que te deixa a ti com uma expressão facial semelhante a quando provaste pela primeira vez Gold Strike puro num bar de Santos.
quarta-feira, janeiro 21
o texto extremista.
domingo, janeiro 18
O Dilema da Liga dos Últimos
Pergunta:
Será que é preferível ir para um primeiro encontro, com aquela gaja que estivemos quase 2 semanas a trocar mensagens privadas no HI5, num mata-velhos (também designado de papa-reformas, conforme a região do pais), ou ir a pé?
Resposta:
Tanto faz, porque no fundo o que conta é o interior.
sexta-feira, janeiro 16
Se um dia me vires na rua com um copo na mão, nunca penses ser um copo qualquer!
Nestes dias de frio intenso, em que tiritamos sem controlo, só nos apetece estar na caminha a ver pornografia gonzo. Neste paradigma do cinema independente e de autor, as debutantes, normalmente, afiguram-se com ausência de consciência momentânea ou prolongada (Drogadas ou Bêbadas; pessoalmente, prefiro bêbadas). Cedo percebemos que estas se encontram possessas pelo demónio da luxúria. Prontamente, ocorrem um, dois, às vezes mais, acólitos de tez de ébano, normalmente disfarçados de gajos totalmente depilados. O exorcismo dá-se, através de estocadas tenazes e ferozes, em vários pontos consagrados, sempre, em consonância com os rituais do auto e hetero-entretenimento. And so on….ou melhor… und so weiter…. E, posso dizer que a rapariguinha no final se salva, e pode voltar a ter uma vida normal - Ir ao cabeleireiro com a melhor amiga, ouvir reggaeton e resolver sudokus, enquanto espera pela vez para ir à assistente da Segurança Social.
De volta à vaca fria, perdão, ao meu ponto, apesar do inverno rigoroso (daqueles que os nossos avós se lembravam, e que meia dúzia de velhos do Restelo ambientalistas profetizaram que nunca iria voltar) existe um oásis em Lisboa, um sítio onde é sempre Verão: a Loja do Cidadão dos Restauradores. E porquê ? respondo à lá Sócrates:
1º – Quando entramos na loja do Cidadão, reparamos nas pessoas e parece que estamos num país exótico, desses que passam metade do ano ou em seca ou em monções. Em que há uma cheia, e morrem muitas pessoas. Em que uma grávida entra em trabalho de parto na fila para ir votar e chama o seu filho/a de “Voto”, tal a opressão de anos e anos de ditadura. Em que dia de festa, não acaba sem tiros de Kalashnikov para o ar, em que felicidade significa ter uma arma e ter uma arma significa ter um certo poder, e, no fundo, tudo gira em volta do Poder, seja este escrito com éfe (Foxtrot; · · – · ) ou com pê (Papa; · – – · ). Um desses países que ficam nas terras de Vera Cruz, nas Índias, como a Buraca, ou então os bairros típicos de Alfama e Mouraria.
2º – Por infeliz coincidência, os humores que se inalam por este oásis, são ricos e frutados. De fazer reviver as memórias olfactivas a um trabalhador de um aterro sanitário. Lembra o açafrão e a canela das índias, o café de Timor Lorosae, a cana de açúcar do Brasil ou então o metro apinhado de gente no verão, quando as pessoas, a mole de pessoas, sem mais opções erguem os braços, e de repente fechamos os olhos, e somos assaltados pela memória daquela visita de Estudo a uma ETAR no secundário. Também, das cuecas que usamos durante 1 semana seguida naquele acampamento de verão, em que defecávamos sob um lindo céu estrelado, no meio do mato, e, pela primeira vez, metemos um dedo na vagina de uma ninfeta, ao mesmo tempo que ela se contorcia de uma forma desconhecida até então…
Entretanto, quase sem pensar, tenho vontade de chegar à senhora do guichet da segurança social e pedir uma Margarita com pouco gelo, ao que ela provavelmente retorquiria “ Senha A é para o Atendimento Geral, a Senha D é para Entrega de Impressos, está ali tudo explicado senhor…”, entre dentes, “ arre que as pessoas são burras….”.
3º – As pessoas tratam-se umas as outras como no Algarve….
PS: O Titulo foi tirado daqui http://www.wyrusalmapodre.blogspot.com/.
Santinho 2 (se me permites, rameladoiro)
quinta-feira, janeiro 15
terça-feira, janeiro 13
Time Traveling My Ass
Desde o início da ficção científica, penso que no séc. XVIII (antes disso, apenas havia ficção religiosa, muita dela adoptada como dogma), que o Homem sonha com viagens no tempo. Talvez tenha tido origem antes disso, mas a viagem no tempo romanceada começou nesta altura. Grandes máquinas, grandes cálculos, grandes génios. São estes os requisitos para viajar no tempo. Eu digo: NÃO!
Porque digo “não”? Eu explico. Por 3 razões: porque tenho uma justificação plausível que vou explicar de seguida; porque me apetece contrariar um conceito ficcional do séc. XVIII; porque os nerds que não lêem isto diriam que é possível, através de wormholes e merdas assim, ao que eu responderia “então mas isso já está fabricado? Não? Então calem-se e masturbem-se com a princesa Xena que deve estar a dar no canal Sci-FI! Nerds de merda… Filhos da puta de quatro olhos… Sempre a vir com merdas… Isto não é o World of Warcraft, panascas! Sim, panascas! São rotos e não têm coragem de admitir, e por isso admiram figuras de acção como o Luke Skywalker, esse exemplo de masculinidade…”
Bom, ultrapassado este momento de raiva para com os nerds, iniciado pelo facto de estar a dar uma versão musical do Oliver Twist no canal Hollywod, vou justificar a primeira das razões que me levou a dizer que não é necessário ser um génio e ter recursos para viajar no tempo. Basta ir à Baixa de Lisboa. Casas de bacalhau, que ainda têm esse fiel amigo disposto em camadas em cima de bancadas de mármore; casas de conservas, que ainda têm conservas com rótulos que resistiram aos publicitários modernos que, nas sábias palavras de Bill Hicks, deviam matar-se; grandes armazéns de artigos para a casa como a Pollux e o Braz & Braz. Nestes últimos, a viagem é mais curta. Vai aos anos da minha e da vossa infância (se os artigos que vou enumerar de seguida forem da vossa adolescência ou jovem idade adulta, já estão velhos como a merda…). No armazém Braz & Braz, pode-se ver uma panóplia de loiça de mesa e de copos que não se encontram em qualquer lado. Até têm os copos de bagaço com a risca azul a marcar a medida… Isto no rés-do-chão. Encontram-se neste piso, ainda, uma variadíssima selecção de artigos de cozinha modernos, para acompanhar os tempos. No entanto, ao subir ao primeiro andar, entramos na Twilight Zone… Ferros de engomar a carvão, picadores de carne de ferro, dos que se fixam às mesas com um parafuso enorme, conchas de sopa de inox de tamanho ciclópico, cataplanas e companhia, etc., etc. Existe ainda, e este facto foi o que mais me emocionou, uma estante de exposição subordinada a apenas uma marca de utilitários de cozinha. Esta marca, e agora vem aí a surpresa… é… (rufo tremendo, seguido de um solo de 10 minutos do John Bonham dos Led Zeppelin, para quem não saiba… “Nós sabemos. Aliás até tenho a colecção de bootlegs completa, comprada no ebay a um colec…” CALEM-SE, caralho! NERDS DE MERDA! NÃO QUERO SABER! MORRAM!)… é… MOULINEX! Sim! Para quem pensava que a Moulinex estava morta há muito, engane-se! Ela vive nos nossos corações e no armazém Braz & Braz! Fiquei tão surpreendido como quando soube que a Joni Mitchel não tinha morrido… Um passe-vite, um esmagador de alhos, um sem número de utilitários de cozinha da Moulinex ainda sobrevivem…
No armazém Pollux, por sua vez, apenas tive o prazer de regressar à infância por acaso. No piso dos brinquedos, se ainda se lembram, tinha tudo e mais alguma coisa… Das coisas mais antigas às consolas mais novas. Pois é, parece que parou no tempo também. Ao sair do elevador (não sei qual o piso) no piso dos brinquedos, deparo-me com um móvel com uma televisão. A esta televisão estava ligada nada mais, nada menos do que uma NINTENDO 64! Sim, uma Nintendo 64. E na prateleira protegida com uma porta de vidro estava uma Nintendo NES já amarelada dos anos. Também numa vitrina ao lado, estavam expostos vários jogos, tanto da Sega como da Nintendo, para a Master System, Mega Drive, Game Gear, Game Boy, etc. Vieram-me as lágrimas aos olhos, não por pensar na minha infância adorada, quando ia com os meus avós à Pollux, mas sim pela frustração que era de todas as vezes que eu pedia algo, não me darem. Bem, se calhar foi isso que fez de mim o homem que sou hoje: um gajo que se se apanha com dinheiro na mão gasta na primeira coisa que lhe suscita curiosidade ou desejo.
Como vêem, viajar no tempo é barato.