sexta-feira, março 21

Poesia II (esta vai dedicada a um membro do blog)

Quando o intestino
2
Se a tripa inteira corneteia e rufa
num concertante
de ópera bufa,
já não é simples sainete
nem a sonância, nem o mais que expele:
é um cheirete
de alto lá com ele!...
Se o som, porém, é como o ai duma donzela
que tem penas de amor e que as não conta aos pais;
se põe na roupa a viva cor duma aguarela
e suja o rabo,
então cheira muito mais,
oh, muitíssimo mais, o alma do diabo!
Augusto Gil

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