segunda-feira, setembro 8

Carlos Cruz o Grande

O Carlos Cruz é o nosso melhor apresentador de televisão! Assevero sem qualquer inibição, porque é unânime, é de facto e de longe, o melhor. Mas o Carlos Cruz teve o fatal destino que é comum ao homem russo em devaneio alcoólico e também ao negro sulista norte-americano que pronto, devaneia sobre o efeito do álcool; sempre que penso no Carlos Cruz, mentalmente oiço aqueles blues sorumbáticos; imagino-o agarrado a um copo, emborcando quantidades paleativas de álcool enquanto fita os sapatos que nunca mais sairam da sombra nem ostentaram o brilho de uma graxa bem aplicada.
- Porque bebes tanto?
- É para matar as lombrigas.
Mais me custa quando todos aqueles apresentadores de trejeitos amaricados e potencialmente pedófilos, exibem a toda a hora as suas parafílias mal resolvidas e as suas maldicentes línguas viperinas fartas de sentir o sabor do esperma comprado; esses paneleiros que agora sairam do armário e revelam sem subterfúgios aquilo que esconderam durante décadas, esses hermans josés, gouchas, malatos, cabeças de melão, não te chegam aos calcanhares.
Cruz, estou contigo, apoio-te neste preciso momento em que desejas estar no pc a ver pornografia infantil, mas não podes... apoio-te nesse teu mundo de privações, nesse teu talento desaproveitado, na aflição que sentes ao veres os menos dotados a tomarem o teu lugar. Pá, ainda és o melhor!

2 comentários:

Homem da Fruta disse...

Como compreendo as privações pelas quais o CC está a passar... Um verdadeiro estóico. Nem Cleantes de Assos, nem Crisipo de Solis, e muito menos Zenão de Cítio... O Carlos é que é.

Chigurh disse...

Pá, eu detesto o CC. O facto de ele ser alegadamente um pederasta não me interessa. Irrita-me a arrogância dos iletrados com algum poder mediático. Irrita-me os esforços da Fátima Lopes em revitalizar a carreira do CC.

Mas empatizo com a solitária travessia do deserto por onde ele vagueia. Quando sai à rua, todos os seus objectos de desejo e respectivos ascendentes fogem como o Diabo da Cruz. A sua mulher já passou a fasquia dos 25. É o Limbo sem amor, sem desejo sexual. Uma castração conjunctural. Nem as festas de fim de ano do colégio da filha mais nova ou o seu sarau de ginástica parecem sarar